Um dos grandes desafios de liderar um time é lidar com os relacionamentos interpessoais que naturalmente devem e irão se formar. Entre diversos gestores de sucesso ao redor do mundo existe uma constante: para uma empresa alcançar os resultados esperados é preciso fazer alianças.

Para isso é imprescindível criar relações construtivas e de confiança. Entender como se posicionar dentro da empresa e lidar com cada colaborador não é algo positivo apenas para a manutenção de um ambiente organizacional saudável, mas também para a atração e retenção de talentos e para a diminuição da rotatividade.

Se você se apresenta pensando apenas no seu perfil técnico, muito provavelmente irá passar dificuldades por conta do comportamento. Cada um de nós possui diferentes competências e habilidades que foram construídas com as experiências pessoais e profissionais ao longo dos anos. Entender quais são as características que nos favorecem é um diferencial.

Existem 4 tipos de perfil comportamental predominantes, ao entender qual é o seu e de seus colaboradores você será capaz de aprender a usá-los em situações adversas.

Quer saber mais sobre o conceito, a importância e os tipos de perfis comportamentais? Continue lendo!

O que são perfis comportamentais?

Todos sabem que seres humanos possuem diferentes comportamentos e que é possível perceber padrões. Isso não é um problema, pelo contrário, torna as pessoas únicas e aptas para diferentes papéis. Ou seja, não existe um comportamento que seja pior ou melhor que o outro, apenas diferente.

Cada um de nós possui atributos individuais que podem ser usados para o benefício do time. Talvez você seja o tipo de pessoa que trabalha melhor sob pressão, enquanto com certeza conhece alguém que trava nesses momentos, ou vice versa.

Durante a década de 1920 William Marston, um PhD em Psicologia pela Universidade de Harvard, elaborou uma teoria para explicar as reações emocionais dos seres humanos. Desta maneira foi possível perceber quatro pilares comportamentais.

A metodologia ficou conhecida como DISC (dominância, influência, estabilidade e conformidade). A partir desses quatro pilares, suas combinações e níveis, diversos perfis são formados. A seguir, veremos mais profundamente as características desses pilares:

Os 4 tipos de perfil comportamental

Os perfis comportamentais indicam tendências de comportamento em diferentes áreas de nossa vida. Eles são uma combinação das competências técnicas e competências comportamentais.

O que iremos apresentar neste tópico são os pilares comportamentais. Seres humanos não podem ser resumidos a apenas uma ou outra característica; portanto é importante ter em mente que esses pilares podem combinar entre si de diferentes maneiras.

Pense nas 3 cores primárias; separadas são apenas três, mas quando elas se juntam foram infinitas possibilidades.

Para fazer uma análise de perfil comportamental, é necessário considerar todas essas complexas questões. Para isso, existem diversas técnicas que podem facilmente ser encontradas em cursos e treinamentos.

A seguir, veja uma breve descrição de cada um dos 4 tipos de perfil comportamental:

1. Dominância

Quem possui tendência a este tipo comportamental costuma dominar o ambiente. Ele é corajoso e competitivo, sempre aceita desafios e é otimista.

Por ser objetivo e focado nos resultados, o “alto D” lida muito bem com a pressão e consegue contornar situações adversas com facilidade.

Para que ele consiga trabalhar com tranquilidade é necessário que o ambiente ofereça liberdade de ação e espaço para inovar e apresentar seus pontos de vista.

Para que possa melhorar seus pontos fortes, precisa ser menos resistente às críticas e trabalhar no seu papel como ouvinte.

2. Influência

Pelo nome você já pode imaginar; pessoas com tendência a influência são comunicativas e possuem um grande poder de persuasão. São otimistas e ótimos em contagiar outros com o seu positivismo. São sonhadores e receptivos a novas ideias.

Fontes de sociabilização, são ótimos para criar ambientes amigáveis e apaziguar conflitos.

Quando a intensidade é muito alta, o “alto I” pode ter dificuldade de ficar sozinho e de manter seus ambientes organizados. É preciso ter cuidado para não se perder nos sonhos, apostando em iniciativas pouco viáveis.

3. Estabilidade

A tendência à estabilidade contempla características que facilitam a estabilidade emocional e profissional.

De forma geral, o “alto S” é calmo, tranquilo e controlado. Dificilmente entra em pânico pois está sempre preparado previamente para a situação em que se encontra. É ótimo com rotinas e cronogramas e tende a ser extremamente produtivo por conta da disciplina e organização.

Pessoas com alta estabilidade possuem praticamente todas as qualidades de um líder; são capazes de amenizar situações e são de fácil convivência.

Em contrapartida, podem possuir dificuldade em “pensar fora da caixa” e são receosos quanto a atividades que possam sair do controle deles.

4. Conformidade

De todos, este é o perfil mais retraído e detalhista. Aqueles que possuem alta conformidade são conhecidos por serem precisos e focados no trabalho. Eles são muito responsáveis, organizados e improvisadores natos, por isso as pessoas costumam confiar muito em suas capacidades.

Por serem perfeccionistas, estão constantemente analisando possibilidades de garantir que tudo seja realizado da melhor maneira possível.

Deve tomar cuidado para não sofrer por conta de seu perfeccionismo e desconfiança. Para eles, aceitar um “não” exige treinamento e desconstrução.

Por que uma análise de perfil comportamental é importante?

Como você pode perceber, não existe um perfil certo ou errado, todos possuem suas qualidades e seus defeitos. Se tornam bem sucedidos aqueles que sabem usar essas características de forma favorável.

Desde o autoconhecimento até a gestão da sua equipe, conhecer os perfis comportamentais e saber identificá-los irá trazer muitas vantagens para a sua empresa.

Confira alguns benefícios de uma análise de perfil comportamental:

1. Autoconhecimento: quando você entende quais são as suas competências e as suas limitações, você aprende a lidar com elas. É possível a partir disso encontrar treinamentos de autodesenvolvimento e inteligência emocional para aprender a separar essas características.

2. Recrutamento mais eficiente: incluir uma análise de perfil comportamental durante a seleção irá ajudar o RH a identificar o candidato certo para a vaga em questão.

3. Diminuição da rotatividade: com o recrutamento do candidato certo, o índice de turnover, ou seja o desligamento de funcionários, reduz significativamente. O líder se sente mais satisfeito com os resultados e o colaborador se sente mais confortável ao ser alocado na função compatível com suas habilidades.

4. Comunicação entre líder e liderado: uma das principais características que um líder deve ter é saber se comunicar. Quando você se comunica bem com seus liderados, você é capaz de conduzir o time com sucesso. É possível criar uma cultura de feedbacks, criar confiança entre os membros da equipe e abrir espaço para novas ideias.

5. Gestão de conflitos internos: quando você entende como os outros se comportam, é mais fácil visualizar os pontos de vista de ambos os lados. Isso torna a discussão mais objetiva e produtiva.

6. Delineamento de estratégias: quando você conhece os talentos dentro da sua equipe você é capaz de traçar estratégias que valorizem essas habilidades. A equipe se torna mais produtiva e o colaborador mais ativo.

Como já dissemos anteriormente, há diversos métodos de análise de perfil comportamental que você pode aplicar durante as entrevistas de seleção e até mesmo nos seus colaboradores já contratados.

Mas acredito que o primeiro passo, e provavelmente o mais importante, é justamente reconhecer o seu próprio perfil. O autoconhecimento irá te levar a lugares inimagináveis, onde os resultados, tanto pessoais quanto profissionais, são diários e palpáveis.

Se você estiver interessado em identificar o seu perfil, saiba mais como eu posso te ajudar nesse enfrentamento conhecendo os meus cursos indicados para isso.

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